Já que um grande grupo de umas cinco pessoas gostou do ultimo texto, resolvi continuar nesta mesma linha de pensamento e escrever sobre idéias que me vem num simples relance e me tomam grande parte do meu finito tempo
“...pensamos que a morte é coisa do futuro, mas parte dela já é coisa do passado. Qualquer tempo que já passou pertence à morte. Então caro Lucílio, procura fazer aquilo que me escreves: aproveita todas as horas; será menos dependente do amanhã se te lançares ao presente. Enquanto adiamos, a vida se vai. Todas as coisas, Lucílio, nos são alheias; só o tempo é nosso.”
Minha morte nasceu quando eu nasci.
Despertou, balbuciou, cresceu comigo...
Não temos tempo a perder, ou melhor "Carpe Diem", colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.
(http://www.rubemalves.com.br/carpediem.htm)
Tornamo-nos uma maquina de esperar. No momento esperamos a comida, depois será a correspondência e a qualquer momento uma bomba inimiga, que poderia acabar com nossa ansiosa e tediosa espera.
Heinrich Straden 1919-1942
Kamikaze, vento divino
“Papai, mamãe, me desculpem por ser um filho ingrato.
Não há pior desgraça do que um filho morrer antes dos pais, isso foge a ordem natural das coisas. No meu silêncio já refleti muito sobre o sentido e a finalidade desta guerra. Mas estar aí junto a vocês seria uma grande humilhação... (Imagem dentro de um avião preste a se lançar sobre um navio)
Kato Matsuda
1927-1945
... Conforta-me aquele velho ditado japonês:
...A morte é mais leve do que uma pluma. A responsabilidade de viver é tão pesada quanto uma montanha.”
Tashi Iungten
1925-1969
Chen Yat-sem, 1932-1998
Professor de literatura estudioso de Baudelaire.
Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo.
Charles Baudelaire
Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões que me arrastava.
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana.
De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta e si não coube,
no abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos
saiba morrer o que viver não soube.
BOCAGE
Nenhum comentário:
Postar um comentário