quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O FIM DO MUNDO?


“Em toda a história, nunca uma data foi tão significativa para tantas culturas e religiões, tantos cientistas e governos. Um cataclisma global ocasiona o fim do mundo”. O dia é 21 de dezembro de 2012, data em que o calendário maia prediz que ocorrerá o final dos tempos, um evento dramatizado no filme “2012”, feito em Hollywood pelo diretor Roland Emmerich e lançado em novembro. O filme apresenta efeitos visuais fantásticos do cataclisma abatendo-se sobre a terra, mostrando o desabamento das construções mais destacadas do mundo – a Basílica de São Pedro em Roma, os arranha-céus de Nova Iorque, a estátua do Cristo Redentor no Rio – à medida que meteoros e inundações destroem a terra. O trailer começa com a pergunta: “Como os governos de nosso planeta conseguiriam preparar seis bilhões de pessoas para o fim do mundo?” Logo aparece a resposta: “Não conseguiriam”. De acordo com o filme “2012”, a Terra se fenderá ao meio, cumprindo uma antiga profecia.
A profecia em questão vem da antiga civilização maia na América Central, que produziu o famoso Calendário Maia. Os maias foram os únicos habitantes nativos das Américas a desenvolverem uma linguagem escrita. Eles também obtiveram progresso notável nas artes, na arquitetura, na matemática e na astronomia, chegando ao auge de seu desenvolvimento durante o período de 250 d.C. a 900 d.C. Por volta de 1200 d.C., a sociedade deles sofreu um colapso, por razões que podemos apenas supor. Quando os conquistadores espanhóis chegaram, os maias ainda ocupavam a região, e ainda falavam a língua maia, mas já não tinham conhecimento de muitas coisas que seus antepassados haviam criado.
Diego de Landa foi um padre católico-romano que visitou o México em 1561 e é tido como infame por ter destruído documentos e artefatos maias de valor incalculável. Embora Landa estivesse muito interessado na cultura maia, ele abominava determinados aspectos de suas práticas, particularmente os sacrifícios humanos. Em julho de 1562, quando evidências de sacrifícios humanos foram encontradas em uma caverna que continha estátuas sagradas dos maias, Landa ordenou a destruição de cinco mil ídolos. Ele decidiu que os livros dos maias também eram obra do Diabo e certificou-se de que fossem queimados, tendo restado apenas três livros. Conseqüentemente, foi perdida a maior parte do conhecimento e da história dos maias.
O livro mais importante dentre os que restaram é o chamado Códice de Dresden, que recebeu esse nome devido à cidade na Alemanha onde ficou depositado. É um livro estranho, escrito em hieróglifos, que ninguém
depositado. É um livro estranho, escrito em hieróglifos, que ninguém foi capaz de entender até 1880. Nessa época, Ernst Forstemann, um estudioso alemão que trabalhava na mesma biblioteca em Dresden, conseguiu decifrar o códice do calendário maia. Ele descobriu que o códice continha tabelas astronômicas detalhadas, com cálculos indicando que o ano tinha 365,242 dias, e usava tabelas para predizer os solstícios e os equinócios, as órbitas dos planetas em nosso sistema solar e outros fenômenos celestiais.
Os maias haviam desenvolvido uma maneira extraordinariamente complexa (e muito precisa) de medir a passagem do tempo, que girava em torno de ciclos de 52 anos. No final de cada ciclo, eram realizadas cerimônias religiosas nas quais os sacerdotes executavam um sacrifício humano no topo de um vulcão extinto conhecido hoje como a Colina da Estrela, local situado em Iztapalapa, no México. O propósito era apaziguar os deuses para que eles não destruíssem o mundo com o final do ciclo. Os maias aguardavam pelo sinal que anunciaria a continuidade do mundo por outros 52 anos, que era a passagem da constelação de Plêiades pelo centro dos céus.
Os maias também possuíam um outro calendário, conhecido como o de “Contagem Longa”. O funcionamento dele é bastante complexo e vai além do escopo deste artigo. Na internet há informações em “Contagem Longa” na Wikipedia. A atual Contagem Longa teve início em 3114 a.C. Na mitologia maia, cada ciclo de Contagem Longa é uma era mundial na qual os deuses tentam criar criaturas piedosas e subservientes. A Primeira Era começou com a criação da Terra, que tinha sobre si vegetação e seres vivos. Infelizmente, como eles não possuíam a habilidade da fala, os pássaros e os animais eram incapazes de prestar honra aos deuses e foram destruídos. Na Segunda Era e na Terceira Era, os deuses criaram os humanos do barro e depois da madeira, mas estes também fracassaram em agradar os deuses e foram aniquilados. Estamos atualmente na Quarta Era, que é a Era Final, a era do ser humano moderno, completamente funcional.
A visão popular apresentada no filme de Roland Emmerich é que a presente era termina em 21 de dezembro de 2012. E o que vem depois? A interpretação dele é que o mundo acaba em fogo e em inundação.
Susan Milbrath, curadora de Arte e Arqueologia Latinoamericana do Museu de História Natural da Flórida, declarou: “Nós (a comunidade arqueológica) não temos nenhum registro nem conhecimento de que os maias pensassem que o mundo chegaria ao fim em 2012. Na foto, calendário maia.
Os eruditos questionam isso. Susan Milbrath, curadora de Arte e Arqueologia Latinoamericana do Museu de História Natural da Flórida, declarou: “Nós (a comunidade arqueológica) não temos nenhum registro nem conhecimento de que os maias pensassem que o mundo chegaria ao fim em 2012. Interpretar o dia 21 de dezembro de 2012 como o evento do juízo final é uma invencionice completa e uma oportunidade de ganhar dinheiro para muitas pessoas”. Algumas visões de espiritualidade alternativa baseadas no misticismo da Nova Era e na astrologia vêem a data como sendo um acontecimentos positivo em vez de ser o dia do juízo final: seria a transição da “Era de Peixes, violenta e escura” (i.e., esta era) para a Era de Aquário, “um milênio de amor e luz”.
Para ficar claro: eu não atribuiria nenhum significado à data de 21 de dezembro de 2012. Contudo, embora aceitando as objeções acadêmicas às interpretações populares sobre a cultura maia e deixando o misticismo da Nova Era de lado, o próprio fato de que o filme está sendo feito já diz algo sobre o mundo em que vivemos. As pessoas estão conscientes da possibilidade de que calamidades venham a se abater sobre nós – e Hollywood pegou essa deixa com uma série de filmes sobre catástrofes que estão para ser lançados. The Wall Street Journal, de 31 de julho de 2009, publicou um artigo intitulado “Hollywood Destrói o Mundo”, que dizia:
Uma enxurrada de histórias pós-apocalípticas segue agora em direção às telas de cinemas e de TV. O diretor Roland Emmerich já quase destruiu o mundo por três vezes. Desta vez ele tem a intenção de terminar o trabalho. Em seu filme “2012”, a terra se fende ao meio, cumprindo uma antiga profecia.
O artigo prossegue listando uma série de filmes que estão para ser lançados, sobre uma futura calamidade que destruirá a civilização e como um punhado de pessoas sobram e lutam em um mundo em ruínas buscando sobreviver: The Book of Eli [O Livro de Eli], Day One [O Primeiro Dia], The Colony [A Colônia], e The Road [A Estrada]. Ao apresentar motivos para isso, o artigo diz:
A maioria dos autores dessas histórias diz que está reagindo à ansiedade a respeito de ameaças reais em tempos incertos: os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, duas guerras dos EUA em países estrangeiros, pandemias múltiplas, uma crise financeira global e nova atenção a perigos ambientais. Roland Emmerich afirma: “Ando realmente muito pessimista atualmente”.
Logicamente que não é apenas em Hollywood que as pessoas estão falando sobre um cataclisma que está por vir, ou para destruir o mundo, ou para reformá-lo de forma a ficar irreconhecível. Os noticiários sobre Israel têm apresentado referências à Guerra de Gogue e Magogue, a profecia bíblica encontrada em Ezequiel 38-39 sobre a batalha dos últimos dias, na qual Deus resgatará Israel de uma invasão de nações hostis. Alguns israelenses acreditam que chegou a hora de construírem o Terceiro Templo, profetizado como algo que acontecerá nos “últimos dias” da história. O aiatolá Khamenei, do Irã, conclamou as nações muçulmanas ao redor do mundo para se unirem militarmente em resposta à iminente vinda do salvador messiânico do islã – o Mahdi. Os líderes muçulmanos radicais do Irã acreditam que o Mahdi irá surgir no final da era, proporcionando aos muçulmanos a derrota de Israel e do Ocidente, e que ele governará sobre todo o mundo. Os ambientalistas radicais dizem que o dia do juízo final está chegando rapidamente por causa do aquecimento global. Cristãos evangélicos, como eu, crêem que os acontecimentos globais estão se alinhando exatamente como Jesus Cristo e os profetas bíblicos disseram que aconteceria nos “últimos dias”.
De acordo com o filme “2012”, a Terra se fenderá ao meio, cumprindo uma antiga profecia.
O perigo das versões de Hollywood sobre o fim do mundo
Elas fazem com que as pessoas fiquem tão temerosas da calamidade vindoura que: (1) não vêem nenhuma saída, ou (2) tornam-se céticas com respeito à mensagem verdadeira das profecias bíblicas sobre os últimos dias. As versões múltiplas dos “cenários do fim do mundo” também significam que as pessoas podem colocar as profecias maias, os escritos de Nostradamus, ou as esperanças islâmicas com respeito ao Mahdi no mesmo nível que as profecias da Bíblia.
Ao mesmo tempo, muitas pessoas estão despertando para o fato de que o mundo está realmente ameaçado de desastres vindos de múltiplas frentes – a propagação de armas de destruição em massa, a ameaça de colapso econômico, a dependência do sistema mundial com relação ao petróleo que se extinguirá, a questão ambiental, o conflito no Oriente Médio, a violência e a ilegalidade que se tornam cada vez mais abundantes, a ruptura da vida familiar e a insegurança que milhões estão enfrentando como resultado de tudo isso. Esses fatores levam as pessoas a questionarem:
“Será que o mundo assim como o conhecemos está chegando ao fim?”
De acordo com as profecias bíblicas, está! Todos esses fatos, e outros mais, estão profetizados na Bíblia para acontecerem nos últimos dias desta era. Jesus disse que nos tempos finais, antes de Sua volta, haveria uma época de tamanha dificuldade que, se Deus não a tivesse abreviado, ninguém sobreviveria: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24.21-22).
Uma série de profecias do Antigo Testamento enfoca o conflito em torno de Jerusalém (Jl 3; Zc 12-14), e Jesus disse: “Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade [a palavra grega aqui é “aporia”, que significa “sem nenhuma saída”] por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem [i.e., Jesus] vindo numa nuvem, com poder e grande glória” (Lc 21.24-27).
No livro do Apocalipse, lemos sobre uma série de desastres que atingirão a terra, o que se ajusta perfeitamente com os problemas do mundo atual. Guerras mundiais e fomes causam mortes em massa (Ap 6.1-8). Árvores e pastagens são queimadas, os peixes do mar morrem como se algo como uma grande montanha fosse atirada ao mar (asteróide?), e águas doces se tornam impróprias para beber (Ap 8.7-11). Surge um regime ditatorial que força as pessoas a aceitarem uma marca e um número (666), sem os quais nada se pode comprar ou vender (Ap 13). Rios secam e as pessoas são afligidas com grande calor (Ap 16). A batalha final do Armagedon reúne os exércitos do mundo em Israel e fecha esta era com o retorno físico do Senhor Jesus Cristo à terra (Ap 16.16; Ap 19.11-21).
As pessoas estão conscientes da possibilidade de que calamidades venham a se abater sobre nós – e Hollywood pegou essa deixa com uma série de filmes sobre catástrofes que estão para ser lançados.
A Bíblia também nos dá grande esperança por causa da Segunda Vinda física do Senhor Jesus Cristo e do livramento de todos os que O recebem como Salvador e Senhor. O cinema-desastre termina sem nenhum sobrevivente, ou com um punhado de sobreviventes se debatendo em um planeta que está para morrer. Na Bíblia, os acontecimentos catastróficos dos últimos dias serão seguidos pelo retorno físico do Senhor Jesus com todos aqueles que colocaram sua confiança nEle. Os sobreviventes da Tribulação que aceitarem Jesus como Salvador viverão em uma terra restaurada durante 1000 anos (o Milênio), em cujo tempo Satanás será amarrado e incapaz de enganar as nações (Ap 20), haverá paz em todo o mundo (Is 2.1-4) e harmonia no mundo natural (Is 11). Este será o prelúdio para a eternidade, quando Deus criará novos céus e nova terra nos quais a justiça habitará (2 Pe 3.13).
O primeiro estágio nesse processo ocorrerá quando o Senhor vier e levar para estarem com Ele todos aqueles que crêem nEle. Não podemos saber exatamente quando isso acontecerá, mas precisamos estar prontos. Jesus disse: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mt 24.36). Paulo escreveu sobre o que acontecerá: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).
Esse acontecimento ocorrerá “como um ladrão de noite” (1 Ts 5.2), o que significa que acontecerá inesperadamente, sem aviso. Portanto, precisamos nos arrepender (afastar-nos) dos nossos pecados e aceitar Jesus como Salvador e Senhor de nossa vida. Se quiser ser salvo do julgamento de Deus, você deve confiar no Senhor Jesus, que morreu como sacrifício pelos nossos pecados e ressuscitou dentre os mortos para nos dar vida eterna: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). (Tony Pearce)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

oi pessoal, mais um ano que se vai e quero usar este espaço para desejar um feliz final de ano, e agora estou começando a sentir o que não queria, saudade, mas valeu, um beijão a todos que 2010 seja melhor ainda...

sábado, 26 de dezembro de 2009

Hei vocês!!!!!!


Agora é com vocês formandos!!!!!!!! O ano novo está esperando pelas novas energias...pelos novos pensamentos.......nova força......Sigam em frente!!!!!!!!!! BJSSSSSSSSSS
P.S. Não deixem de postar aqui......foi apenas o começo!!!!

Felizzzzzzzz 2010 Galera................

Quero desejar a todos um feliz ano novo cheio de muita paz , amor, felicidade e que todos os sonhos possam ser realizados .

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feliz 2010!

" Belo porque tem do novo
a surpresa e a alegria

Belo como a coisa nova
na prateleira até então vazia

Como qualquer coisa nova
Inaugurando o seu dia

E belo porque o novo
Todo o velho contagia "

João Cabral de Melo Neto

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal

Aos meus colegas e mestres

Obrigado (a),
Por ter me lembrado
Que noites escuras, amanhecem
Que caminhos espinhosos, florescem
Que erros, originam a perfeição
Que tropeços, ensinam a caminhar
Que do próximo surge o amigo
Que o bem mais precioso não é a matéria, mas a saúde
Que nosso maior aliado é a família,que nos permite escolher e ser escolhido
Porque não lhe esqueci
Que neste natal, Deus nos dê de presente um lar cheio de saúde e paz com um futuro cheio de realizações.
Obrigado(a) por fazer(em) parte do meu caminho
Autor: Wilson Edmar Silva

Luciane

Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar

Autora: Cora Coralina

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Fim


Será mesmo o fim??? Ou apenas o início...o começo de uma carreira, de um sonho perseguido, de uma realização pessoal. O nascer de alguém que acredita na pessoa, e acima de tudo na transformação dessa pessoa através da leitura, do amor ao aprender! É o início mesmo, o despertar da paixão de ensinar e ver o resultado de dias e dias lendo, conhecendo cada aluno e percebendo que realmente você fez a diferença.
Não....não é o fim! É o começo! Amanhã estaremos naquela sala pela última vez, mas permaneceremos em outras salas, com outras pessoas e em um outro papel.....agora de educador!
Boa sorte e muita responsabilidade a todos! Sempre estarei pensando....nos meus prmeiros formandos!!!!

Bjs

Sílvia

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sobre a Vírgula

A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

ACRÓSTICO: O CARTEIRO

Os meus
Risos
Impetuosos
Estão ignóbeis.
Tradicionalmente
Ríspidos de
Alegrias perdidas em
Cartas inúteis.

Otimistamente

Acredito que essas cartas
Têm que chegar,
Sou dependente
Extrema de cada uma delas.

Especialista em
Descrever
Nepotismos
Ostento suas influências sobre mim.
Sentireiii saudadess de todoss..
e que estas cartas sejamos cada um de nós.. não as deixe passar desapercebidas..
amigos são cartas muito bem escritas e trilhadas para cada um no momento certo!!
bjossssssssssss!!

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Poeta

Disse o homem:
-Teus cabelos são como trigais ao vento,tanta beleza eu não aguento.
A mulher sorriu.Era a primeira vez que iam para a cama.Ela não sabia que ele fazia versos.Ainda mai numa situação daquelas.Ele continuou:
-Tua fronte,amada,tem o frescor da madrugada.Teus olhos límpidos e sensuais são como tépidos mananciais.Esses lábios lindos de que és dona,como pétalas de anemona...
Ela hesitou,depois disse:
-Acho que é anêmona.
-Como é?
-Não é anemona,é anêmona.
-Tem certeza?
-Não tem importância.Continua.
-Espera.O que é que rima com anêmona?
-Deixa prá lá.
Mas ele tinha sentado na cama e agora,em vez de acariciá-la,espremia a própria cabeça.
-Anêmona,anêmona...
-Sêmola.
-Hein?
-Sêmola rima com anêmona.
-Pois é... - hesitou ele.
Era um desafio.Eçe levantou-se da cama e deu algumas voltas,nu,pelo quarto.
-Sêmola,sêmola...
De repente estalou os dedos.Tinha encontrado.Voltou rapidamente para a cama e retomou a mulher nos braços.
-Onde nôs estávamos?
-Na boca.
-Tua boca tem gosto de sêmola,teus lábios são pétalas de anêmona.
-Você é um poeta mesmo.
-Todo o teu rosto tão raro do nosso amor é um labaro.
-Não é...
Ele parou e afastou-se.
-Não é o quê?
-Nada não.Continua,continua-disse ela,puxando-o de volta.


VERÍSSIMO,Luis Fernando.Sexo na cabeça.Rio de Janeiro:Objetiva,2002.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Conhecimento

Ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo. Por isso aprendermos sempre. Paulo Freire

O defeito do outro

PORQUE O DEFEITO É SEMPRE DO OUTRO?
QUANDO O OUTRO NÃO FAZ É PREGUIÇOSO.
QUANDO VOCÊ NÃO FAZ... ESTÁ MUITO OCUPADO.
QUANDO O OUTRO FALA É INTRIGANTE.
QUANDO VOCÊ FALA... É CRÍTICA CONSTRUTIVA.
QUANDO O OUTRO SE DECIDE A FAVOR DE UM PONTO, É “CABEÇA DURA”.
QUANDO VOCÊ O FAZ... ESTÁ SENDO FIRME.
QUANDO O OUTRO NÃO CUMPRIMENTA, É MASCARADO, FALSO.
QUANDO VOCÊ PASSA SEM CUMPRIMENTAR... É APENAS DISTRAÇÃO.
QUANDO O OUTRO FALA SOBRE SI MESMO, É EGOÍSTA.
QUANDO VOCÊ FALA... É PORQUE PRECISA DESABAFAR.
QUANDO O OUTRO SE ESFORÇA PARA SER AGRADÁVEL E AJUDA, TEM UMA SEGUNDA INTENÇÃO.
QUANDO VOCÊ FAZ... É INICIATIVA, É SER PRESTATIVO.
QUANDO O OUTRO PROGRIDE, TEVE OPORTUNIDADE.
QUANDO VOCÊ PROGRIDE... É FRUTO DE MUITO TRABALHO.
QUANDO O OUTRO LUTA PELOS SEUS DIREITOS, É TEIMOSO.
QUANDO VOCÊ O FAZ... É PROVA DE CARÁTER.
QUANDO VOCÊ MANDA UM E-mail DESSES É PORQUE GOSTA DOS AMIGOS.
QUANDO O OUTRO MANDA... É UM DESOCUPADO.
QUANDO PENSAR EM JULGAR O OUTRO... OLHE PRIMEIRO PARA DENTRO DE VOCÊ...
EM MUITOS JULGAMENTOS MESQUINHOS, JULGAMOS A NÓS MESMOS NA FIGURA DO OUTRO.

RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belissímo Ano Novo
cor de arco-irís, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende , se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-la na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal!
direitos respeitados , começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente
É dentro de vcê que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade

Ismália

A TV Cultura apresentou uma série de nome "Tudo que é sólido tem que derreter."
Voltada para o público adolescente, conta a vida de Teresa que está às voltas com suas paixões, confusões e aulas. De forma inovadora a literatura foi trabalhada nos dando uma perspectiva completamente diferente do que é literatura que, pode ser tudo, menos maçante.
Deixo aqui um poema de Afonso Guimarães, utilizado no capítulo que abordava o simbolismo. Se tiverem a oportunidade leiam esse poema ao som de Sonata ao Luar e depois me contem o resultado...

Ismália
(Afonso Guimarães – 1870/1921)

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar ...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.


No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar ...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...


E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar ...
Estava longe do céu ...
Estava longe do mar ...


E como um anjo pendeu
As asas para voar ...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar ...


As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par ...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Preciso dizer que esse é um dos meus poemas favoritos???

Webquest - Orfeu e Eurídice

Orfeu e Eurídice
por : Maria Valéria de Oliveira e Thiago Gonçalves


Introdução

Você sabe o que é mitologia ? Conhece seus personagens e suas estórias ?

Convidamos você a conhecer um pouco sobre uma das estórias de amor mais famosas da humanidade, a história de Orfeu e Eurídice.

Personagens da mitologia grega a história deles já foi tema de quadros, óperas e filmes.

O intuito desta webquest é mostrar que histórias, por mais antigas que sejam, sempre nos ensinam muito a respeito de seus personagens e de nós mesmos.


Tarefa

Escreva a sua versão da estória de Orfeu e Eurídice, baseando-se nas versões lidas do texto mitológico e nas abordagens trabalhadas nos dois filmes. Você pode utilizar uma narrativa, um texto descritivo, opinativo, poema, música, história em quadrinhos, peça de teatro.


Processo

1. Formar grupos de no mínimo 3 e no máximo 5 alunos.

2. Ler a história de Orfeu e Eurídice. Você pode acessar os sites :
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=606694

http://anamargens.blogspot.com/2006/06/Orfeu-e-eurdice-lendas-e-mitos.html

http://educaçao.uol.br/artes/orfeu-e-euridice.jhtm

3. Após a leitura escreva um texto colocando as suas impressões sobre a estória lida. Justifique suas impressões.

4. O texto final deverá ser enviado para o endereço marivaleriavaleriaoliveira@yahoo.com.br até dia ___/___.

5. No dia ___/____ o filme “Orfeu do Carnaval” (1959) será exibido em sala de aula.

6. Após exibição os grupos deverão se reunir e escrever o que acharam mais importante no filme.

7. Em casa, os grupos deverão assistir ao filme “Orfeu” (1999) de Cacá Diegues, disponível em locadora. Nesse caso repetir o passo nº 6.


Orientações :

a. Após escrever o texto, leiam para pessoas mais próximas, pais, tios, avós, para verificar se as idéias estão bem organizadas no texto.

b. Lembre-se: todo texto deve conter começo, meio e fim. A coerência e coesão são muito importantes.

c. Caso haja necessidade de uma segunda leitura dos filmes, procurem o professor.

d. Apesar dos sites indicados, se você possuir outras referências bibliográficas, traga-as para avaliação do professor antes de utilizá-las.


Recursos

http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=606694

http://anamargens.blogspot.com/2006/06/Orfeu-e-eurdice-lendas-e-mitos.html

http://educaçao.uol.br/artes/orfeu-e-euridice.jhtm

http://adorocinema.com.br


Avaliação

Para avaliação de seu texto considere :

1. Todas as atividades da tarefa foram realizadas?

2. Organização das informações.

3. Desempenho do grupo no desenvolvimento das atividades.

4. Elaboração do texto final:

clareza e coerência do texto;
grafia correta das palavras e pontuação adequada;
criatividade no trato das informações pesquisadas.


Conclusão

Foram produzidos textos sobre Orfeu e Eurídice segundo o ponto de vista dos alunos dessa turma.

Assim como Romeu e Julieta, Bentinho e Capitu, Martin e Iracema, Augusto e sua Moreninha, e tantos outros pares românticos, esse par da mitologia grega ainda hoje alimenta sonhos e suspiros.

Através dessa experiência não só a imaginação, mas a criatividade destes alunos foi colocada em prática. Desse modo, vivenciaram novas ferramentas disponíveis no computador, além de fortalecer os laços de cooperação entre si.


Créditos e Referências

http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=606694

http://anamargens.blogspot.com/2006/06/Orfeu-e-eurdice-lendas-e-mitos.html

http://educaçao.uol.br/artes/orfeu-e-euridice.jhtm

http://adorocinema.com.br

http://webquest.sp.senac.br

Dicas

Bom dia pessoal!

Aproveitando todos os recursos disponíveis no mundo digital ( alô, Prof. Sílvia!!) , dica maravilhosa de um site sugerido por Ricardo Noblat, lendo o blog do Noblat (do Jornal O Globo ):

Dica de blog - História Digital
Criado em 26/02/2009, História Digital é um blog que surgiu com a intenção de divulgar e discutir (novas) tecnologias e metodologias utilizadas na educação e no ensino de História, assim como experiências criativas em sala de aula. i

http://www.historiadigital.org/

http://www.historiadigital.org/2009/12/google-wave-na-historia-blog-educacao.html
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Luciane

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Teste Superinteressante "Quem é você?"

Pessoal,

achei um teste super bacana no site da revista Superinteressante!!

O teste é para definir a sua personalidade. Vale a pena responder!

Esse é o link:
http://super.abril.com.br/multimidia/info_503387.shtml

Espero que gostem!!

Webquest

Flavio César
Giovanna Fabri
Patrícia Dario

O CONTO

Introdução


O trabalho a seguir traz o conto em todos os seus aspectos, ajudando o aluno a identificar e a diferenciar esse gênero literário de outros, como da novela e do romance. Um dos principais “pontos” da importância de se trabalhar com esse gênero textual, refere-se à possibilidade de orientar o aluno para a interpretação de diferentes fontes de informação.
As atividades propostas para o Ensino Fundamental (aqui as atividades foram desenvolvidas para estudantes da “antiga” 7ª série ou novo 8º ano) buscam explorar o conto em algumas de suas possibilidades, tais como: ilustração, ortografia, interpretação e pontuação.
Objetivamos também, através deste trabalho, que o educando seja capaz de criar o seu próprio conto utilizando-se de todas as características estruturais necessárias para isso, como o enredo, personagem, tempo e espaço.

O CONTO: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS &

O conto considerado moderno, na forma que conhecemos hoje, definiu-se no séc.XIX.
Assim como a novela e o romance, o conto não se define apenas por seu número de páginas, mas por características estruturais próprias, elimina análises minuciosas e complicadas, podendo-se admitir que é um gênero de fácil interpretação.
Outras características são o tempo e o espaço fortemente delimitados. O primeiro trabalha com lapsos curtos de tempo, interessando a ação tornada presente na narrativa, não se avançando muito para o passado ou para o futuro dos acontecimentos. O segundo costuma ser bastante restrito.
É preciso que haja uma estrutura harmoniosa entre ação, lugar e tempo, subentendida em: apresentação, conflito, clímax e desfecho.
O conto não se fixa em demoradas análises e excessos de caracteres das personagens, que em geral são poucas e tendem a mostrar apenas uma faceta de determinado caráter, jamais as supostas totalidades das mesmas.
Essencialmente o conto deve ser objetivo, com uma linguagem direta e concreta. Pode ser narrado em primeira ou terceira pessoa, em três maneiras de diálogo: direto, indireto e monólogo interior, sendo o primeiro preferido por esse tipo literário.
A narração de fatos fora da ação é executada com medida, a descrição é econômica ou apenas informativa e a dissertação é praticamente dispensável no conto.
Os contos podem ser: de ação, de caráter, de cenário ou de atmosfera, de idéia e de emoção.
Podemos concluir, então, que o conto sobressai por sua pequena extensão, objetiva descrição dos fatos, delimitação de tempo e espaço, caracteres essenciais das personagens e por fim elimina análises detalhadas.


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A caçadaPor Lygia Fagundes Telles
A loja de antiguidades tinha o cheiro de uma arca de sacristia com seus anos embolorados e livros comidos de traça. Com as pontas dos dedos, o homem tocou numa pilha de quadros. Uma mariposa levantou vôo e foi chocar-se contra uma imagem de mãos decepadas.

— Bonita imagem — disse ele. A velha tirou um grampo do coque, e limpou a unha do polegar. Tornou a enfiar o grampo no cabelo. — É um São Francisco.
Ele então voltou-se lentamente para a tapeçaria que tomava toda a parede no fundo da loja. Aproximou-se mais. A velha aproximou-se também. — Já vi que o senhor se interessa mesmo é por isso... Pena que esteja nesse estado. O homem estendeu a mão até a tapeçaria, mas não chegou a tocá-la. — Parece que hoje está mais nítida... — Nítida? — repetiu a velha, pondo os óculos. Deslizou a mão pela superfície puída. — Nítida, como? — As cores estão mais vivas. A senhora passou alguma coisa nela? A velha encarou-o. E baixou o olhar para a imagem de mãos decepadas. O homem estava tão pálido e perplexo quanto a imagem. — Não passei nada, imagine... Por que o senhor pergunta? — Notei uma diferença. — Não, não passei nada, essa tapeçaria não agüenta a mais leve escova, o senhor não vê? Acho que é a poeira que está sustentando o tecido acrescentou, tirando novamente o grampo da cabeça. Rodou-o entre os dedos com ar pensativo. Teve um muxoxo: — Foi um desconhecido que trouxe, precisava muito de dinheiro. Eu disse que o pano estava por demais estragado, que era difícil encontrar um comprador, mas ele insistiu tanto... Preguei aí na parede e aí ficou. Mas já faz anos isso. E o tal moço nunca mais me apareceu. — Extraordinário... A velha não sabia agora se o homem se referia à tapeçaria ou ao caso que acabara de lhe contar. Encolheu os ombros. Voltou a limpar as unhas com o grampo. — Eu poderia vendê-la, mas quero ser franca, acho que não vale mesmo a pena. Na hora que se despregar, é capaz de cair em pedaços. O homem acendeu um cigarro. Sua mão tremia. Em que tempo, meu Deus! em que tempo teria assistido a essa mesma cena. E onde?... Era uma caçada. No primeiro plano, estava o caçador de arco retesado, apontando para uma touceira espessa. Num plano mais profundo, o segundo caçador espreitava por entre as árvores do bosque, mas esta era apenas uma vaga silhueta, cujo rosto se reduzira a um esmaecido contorno. Poderoso, absoluto era o primeiro caçador, a barba violenta como um bolo de serpentes, os músculos tensos, à espera de que a caça levantasse para desferir-lhe a seta. O homem respirava com esforço. Vagou o olhar pela tapeçaria que tinha a cor esverdeada de um céu de tempestade. Envenenando o tom verde-musgo do tecido, destacavam-se manchas de um negro-violáceo e que pareciam escorrer da folhagem, deslizar pelas botas do caçador e espalhar-se no chão como um líquido maligno. A touceira na qual a caça estava escondida também tinha as mesmas manchas e que tanto podiam fazer parte do desenho como ser simples efeito do tempo devorando o pano. — Parece que hoje tudo está mais próximo — disse o homem em voz baixa. — É como se... Mas não está diferente? A velha firmou mais o olhar. Tirou os óculos e voltou a pô-los. — Não vejo diferença nenhuma. — Ontem não se podia ver se ele tinha ou não disparado a seta... — Que seta? O senhor está vendo alguma seta? — Aquele pontinho ali no arco... A velha suspirou. — Mas esse não é um buraco de traça? Olha aí, a parede já está aparecendo, essas traças dão cabo de tudo — lamentou, disfarçando um bocejo. Afastou-se sem ruído, com suas chinelas de lã. Esboçou um gesto distraído: — Fique aí à vontade, vou fazer meu chá. O homem deixou cair o cigarro. Amassou-o devagarinho na sola do sapato. Apertou os maxilares numa contração dolorosa. Conhecia esse bosque, esse caçador, esse céu — conhecia tudo tão bem, mas tão bem! Quase sentia nas narinas o perfume dos eucaliptos, quase sentia morder-lhe a pele o frio úmido da madrugada, ah, essa madrugada! Quando? Percorrera aquela mesma vereda aspirara aquele mesmo vapor que baixava denso do céu verde... Ou subia do chão? O caçador de barba encaracolada parecia sorrir perversamente embuçado. Teria sido esse caçador? Ou o companheiro lá adiante, o homem sem cara espiando por entre as árvores? Uma personagem de tapeçaria. Mas qual? Fixou a touceira onde a caça estava escondida. Só folhas, só silêncio e folhas empastadas na sombra. Mas, detrás das folhas, através das manchas pressentia o vulto arquejante da caça. Compadeceu-se daquele ser em pânico, à espera de uma oportunidade para prosseguir fugindo. Tão próxima a morte! O mais leve movimento que fizesse, e a seta... A velha não a distinguira, ninguém poderia percebê-la, reduzida como estava a um pontinho carcomido, mais pálido do que um grão de pó em suspensão no arco. Enxugando o suor das mãos, o homem recuou alguns passos. Vinha-lhe agora uma certa paz, agora que sabia ter feito parte da caçada. Mas essa era uma paz sem vida, impregnada dos mesmos coágulos traiçoeiros da folhagem. Cerrou os olhos. E se tivesse sido o pintor que fez o quadro? Quase todas as antigas tapeçarias eram reproduções de quadros, pois não eram? Pintara o quadro original e por isso podia reproduzir, de olhos fechados, toda a cena nas suas minúcias: o contorno das árvores, o céu sombrio, o caçador de barba esgrouvinhada, só músculos e nervos apontando para a touceira... "Mas se detesto caçadas! Por que tenho que estar aí dentro?" Apertou o lenço contra a boca. A náusea. Ah, se pudesse explicar toda essa familiaridade medonha, se pudesse ao menos... E se fosse um simples espectador casual, desses que olham e passam? Não era uma hipótese? Podia ainda ter visto o quadro no original, a caçada não passava de uma ficção. "Antes do aproveitamento da tapeçaria..." — murmurou, enxugando os vãos dos dedos no lenço.
Atirou a cabeça para trás como se o puxassem pelos cabelos, não, não ficara do lado de fora, mas lá dentro, encravado no cenário! E por que tudo parecia mais nítido do que na véspera, por que as cores estavam mais fortes apesar da penumbra? Por que o fascínio que se desprendia da paisagem vinha agora assim vigoroso, rejuvenescido?... Saiu de cabeça baixa, as mãos cerradas no fundo dos bolsos. Parou meio ofegante na esquina. Sentiu o corpo moído, as pálpebras pesadas. E se fosse dormir? Mas sabia que não poderia dormir, desde já sentia a insônia a segui-lo na mesma marcação da sua sombra. Levantou a gola do paletó. Era real esse frio? Ou a lembrança do frio da tapeçaria? "Que loucura!... E não estou louco", concluiu num sorriso desamparado. Seria uma solução fácil. "Mas não estou louco.". Vagou pelas ruas, entrou num cinema, saiu em seguida e quando deu acordo de si, estava diante da loja de antiguidades, o nariz achatado na vitrina, tentando vislumbrar a tapeçaria lá no fundo. Quando chegou em casa, atirou-se de bruços na cama e ficou de olhos escancarados, fundidos na escuridão. A voz tremida da velha parecia vir de dentro do travesseiro, uma voz sem corpo, metida em chinelas de lã: "Que seta? Não estou vendo nenhuma seta..." Misturando-se à voz, veio vindo o murmurejo das traças em meio de risadinhas. O algodão abafava as risadas que se entrelaçaram numa rede esverdinhada, compacta, apertando-se num tecido com manchas que escorreram até o limite da tarja. Viu-se enredado nos fios e quis fugir, mas a tarja o aprisionou nos seus braços. No fundo, lá no fundo do fosso, podia distinguir as serpentes enleadas num nó verde-negro. Apalpou o queixo. "Sou o caçador?" Mas ao invés da barba encontrou a viscosidade do sangue. Acordou com o próprio grito que se estendeu dentro da madrugada. Enxugou o rosto molhado de suor. Ah, aquele calor e aquele frio! Enrolou-se nos lençóis. E se fosse o artesão que trabalhou na tapeçaria? Podia revê-la, tão nítida, tão próxima que, se estendesse a mão, despertaria a, folhagem. Fechou os punhos. Haveria de destruí-la, não era verdade que além daquele trapo detestável havia alguma coisa mais, tudo não passava de um retângulo de pano sustentado pela poeira. Bastava soprá-la, soprá-la! Encontrou a velha na porta da loja. Sorriu irônica: — Hoje o senhor madrugou. — A senhora deve estar estranhando, mas... — Já não estranho mais nada, moço. Pode entrar, pode entrar, o senhor conhece o caminho... "Conheço o caminho" — murmurou, seguindo lívido por entre os móveis. Parou. Dilatou as narinas. E aquele cheiro de folhagem e terra, de onde vinha aquele cheiro? E por que a loja foi ficando embaçada, lá longe? Imensa, real só a tapeçaria a se alastrar sorrateiramente pelo chão, pelo teto, engolindo tudo com suas manchas esverdinhadas. Quis retroceder, agarrou-se a um armário, cambaleou resistindo ainda e estendeu os braços até a coluna. Seus dedos afundaram por entre galhos e resvalaram pelo tronco de uma árvore, não era uma coluna, era uma árvore! Lançou em volta um olhar esgazeado: penetrara na tapeçaria, estava dentro do bosque, os pés pesados de lama, os cabelos empastados de orvalho. Em redor, tudo parado. Estático. No silêncio da madrugada, nem o piar de um pássaro, nem o farfalhar de uma folha. Inclinou-se arquejante. Era o caçador? Ou a caça? Não importava, não importava, sabia apenas que tinha que prosseguir correndo sem parar por entre as árvores, caçando ou sendo caçado. Ou sendo caçado?... Comprimiu as palmas das mãos contra a cara esbraseada, enxugou no punho da camisa o suor que lhe escorria pelo pescoço. Vertia sangue o lábio gretado. Abriu a boca. E lembrou-se. Gritou e mergulhou numa touceira. Ouviu o assobio da seta varando a folhagem, a dor! "Não..." - gemeu, de joelhos. Tentou ainda agarrar-se à tapeçaria. E rolou encolhido, as mãos apertando o coração.
Publicado no livro "Antes do baile verde", José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1979, foi incluído entre "Os cem melhores contos brasileiros do século", seleção de Ítalo Moriconi, Editora Objetiva – Rio de Janeiro, 2000, pág. 265.
(Extraído de http://www.releituras.com.br. Acesso em: 16 mar. 2008.)


Utilize o espaço abaixo para fazer a ilustração do conto: ”A caçada”, escrito por Lygia Fagundes Telles.


Objetivos:

Proporcionar condições para que o aluno utilize as linguagens: verbal, gráfica e plástica, como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais.
Entendendo o texto

Localize as expressões a seguir no texto e dê um sinônimo para cada uma delas. Use o dicionário!

1. “arca da sacristia”____________________________________________________________
2. “superfície puída” ___________________________________________________________
3. “teve um muxoxo”____________________________________________________________
4. “arco retesado” _____________________________________________________________
5. “uma touceira espessa” _______________________________________________________
6.“o segundo caçador espreitava por entre as árvores do bosque” ____________________________________________________________________________
7. “um esmaecido contorno”______________________________________________________
8. “percorrera aquela mesma vereda”______________________________________________
9. “sorrir perversamente embuçado” _______________________________________________
10. “vulto arquejante da caça” ____________________________________________________
11. “pontinho carcomido”________________________________________________________
12. “cerrou os olhos” ___________________________________________________________
13. “o caçador de barba esgrouvinhada” ___________________________________________
14. “veio vindo o murmurejo das traças” ____________________________________________
15. “segundo lívido por entre os móveis” ___________________________________________
16. “resvalaram pelo tronco de uma árvore” _________________________________________
17. “lá no fundo do fosso” _______________________________________________________
18. “serpentes enleadas num nó” _________________________________________________
19. “nem o farfalhar de uma folha” ________________________________________________
20. “olhar esgazeado” __________________________________________________________
21. “vertia sangue o lábio gretado” ________________________________________________

Objetivos:
Criar condições para que o aluno possa:
-compreender textos orais e escritos com os quais se defronta em diferentes situações;
-ampliar o vocabulário;
-usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua para expandir as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica;
-buscar diferentes fontes de informação.


Resumo é uma condensação fiel das idéias ou dos fatos contidos no texto.
Enredo é o conjunto dos fatos e acontecimentos da narrativa.
Clímax é a culminância de todo o conflito.


1- Faça um resumo do enredo de “A Caçada”.
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2- Geralmente, no conto, o narrador direciona toda a sua atenção para um único conflito. Qual é o conflito existente nesse conto?
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3- Retire do texto o trecho onde ocorre o clímax do conto.
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Objetivos:
Proporcionar condições para que o aluno:
-reconheça alguns elementos do conto;
-desperte o gosto pela leitura desse gênero literário;
-reconheça e utilize em seu cotidiano elementos da estrutura da língua escrita, tais como a técnica de elaborar resumos.

óóóóóó

As personagens aparecem, no conto, em número limitado. O narrador não se preocupa em descrevê-las detalhadamente, mas faz com que todas se liguem diretamente ao conflito.



1-Quem é a personagem principal de “A Caçada”?Justifique a sua resposta.
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2-Releia o conto e crie um final diferente para ele.
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Objetivos:

Que o aluno seja capaz de:
-demonstrar segurança na defesa de argumentos próprios;
-identificar elementos do conto;
-ampliar sua capacidade de imaginação.


ssssss


Espaço é o lugar onde acontecem os fatos, e no conto é sempre restrito, único.



1 - No conto de Lygia Fagundes Telles como é o espaço?
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2 - De acordo com as descrições dos espaços existentes no conto, como podemos interpretar/entender as sensações ou sentimentos da personagem principal?
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Tempo é o momento em que ocorrem os fatos. Às vezes aparece determinado: tempo cronológico; outras vezes, o narrador ignora esse tempo objetivo, atribuindo-lhe um valor secundário, sendo impossível determiná-lo precisamente: tempo psicológico.


3 - Como você determina o tempo no caso de “A caçada”?
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Foco narrativo é o ponto de vista em que a narração é feita, que pode ser em:
-1ª pessoa: o narrador é a própria personagem ou uma personagem que participa da história;
-3ª pessoa: o narrador, de fato, observa os fatos e as personagens, descrevendo-os, invadindo, ou não, seu mundo interior.



4 - Qual o foco narrativo do conto que você leu?Comprove com passagens do texto.
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Objetivos:

Criar condições para que o aluno:
-conheça elementos do conto;
-desperte o gosto para a leitura;
-adquira ferramentas para a comparação e interpretação dos mais variados gêneros literários.





O conto “A Caçada” foi escrito por Lygia Fagundes Telles. Leia a biografia da autora.
Depois, produza uma autobiografia.

Objetivos:
Proporcionar condições para que o aluno:
-valorize e conheça a produção nacional;
-aprimore a habilidade escrita, expressando-se com clareza e coerência;
-conheça e respeite a história de vida de outras pessoas.

BIOGRAFIA: Lygia Fagundes Telles
(...) "Com a ponta da língua pude sentir a semente apontandosob a polpa. Varei-a. O sumo ácido inundou-me a boca. Cuspia semente: assim queria escrever, indo ao âmago do âmagoaté atingir a semente resguardada lá no fundo como um feto".
(Verde lagarto amarelo)
Quarta filha do casal Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, nasce na capital paulista, em 19 de abril de 1923, Lygia de Azevedo Fagundes, na rua Barão de Tatuí. Seu pai, advogado, exerceu os cargos de delegado e promotor público em diversas cidades do interior paulista (Sertãozinho, Apiaí, Descalvado, Areias e Itatinga), razão porque a escritora passa seus primeiros anos da infância mudando-se constantemente. Acostuma-se a ouvir histórias contadas pelas pajens e por outras crianças. Em pouco tempo, começa a criar seus próprios contos e, em 1931, já alfabetizada, escreve nas últimas páginas de seus cadernos escolares as histórias que irá contar nas rodas domésticas. Como ocorreu com todos nós, as primeiras narrativas que ouviu falavam de temas aterrorizantes, com mulas-sem-cabeça, lobisomens e tempestades.
Seu pai gostava de freqüentar casas de jogos, levando Lygia consigo "para dar sorte". Diz a escritora: "Na roleta, gostava de jogar no verde. Eu, que jogo na palavra, sempre preferi o verde, ele está em toda a minha ficção. É a cor da esperança, que aprendi com meu pai."
Em 1936 seus pais se separam, mas não se desquitam.
Porão e sobrado é o primeiro livro de contos publicado pela autora, em 138, com a edição paga por seu pai. Assina apenas como Lygia Fagundes.
No ano seguinte termina o curso fundamental no Instituto de Educação Caetano de Campos, na capital paulista. Ingressa, em 1940, na Escola Superior de Educação Física, naquela cidade. Ao mesmo tempo, freqüenta o curso pré-jurídico, preparatório para a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.
Inicia o curso de Direito em 1941, freqüentando as rodas literárias que se reuniam em restaurantes, cafés e livrarias próximas à faculdade. Ali conhece Mário e Oswald de Andrade, Paulo Emílio Sales Gomes, entre outros, e integra a Academia de Letras da Faculdade e colabora com os jornais Arcádia e A Balança. Para se sustentar, trabalha como assistente do Departamento Agrícola do Estado de São Paulo. Nesse ano conclui o curso de Educação Física.
Praia viva, sua segunda coletânea de contos, é editada em 1944 pela Martins, de São Paulo. O ano de 1945 marca o ano de falecimento de seu pai. Atenta aos acontecimentos políticos, Lygia participa, com colegas da Faculdade, de uma passeata contra o Estado Novo.
Terminado o curso de Direito, em 1946, só três anos depois a escritora publica, pela editora Mérito, seu terceiro livro de contos, O cacto vermelho. O volume recebe o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras.
Casa-se com o jurista Goffredo da Silva Telles Jr., seu professor na Faculdade de Direito que, na ocasião,1950, era deputado federal. Muda-se, em virtude desse fato, para o Rio de Janeiro, onde funcionava a Câmara Federal.
Com seu retorno à capital paulista, em 1952, começa a escrever seu primeiro romance, Ciranda de pedra. Na fazenda Santo Antônio, em Araras - SP, de propriedade da avó de seu marido, para onde viaja constantemente, escreve várias partes desse romance. Essa fazenda ficou famosa na década de 20, pois lá reuniam-se os escritores e artistas que participaram do movimento modernista, tais como Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Mafaldi e Heitor Villa-Lobos.
Maria do Rosário, sua mãe, falece em 1953 e, no ano seguinte, nasce seu único filho, Goffredo da Silva Telles Neto. As Edições O Cruzeiro, do Rio de Janeiro, lançam Ciranda de pedra.
Seu livro de contos, Histórias do desencontro, é publicado pela editora José Olympio, do Rio de Janeiro, e é premiado pelo Instituto Nacional do Livro, em 1958.
Em 1960 separa-se de seu marido Goffredo e, no ano seguinte, começa a trabalhar como procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo.
Dois anos depois lança, pela editora Martins, de São Paulo, seu segundo romance, Verão no aquário. Passa a viver com Paulo Emílio Salles Gomes e começa a escrever o romance As meninas, inspirado no momento político por que passa o país.
Em 1964 e 1965 são publicados seus livros de contos Histórias escolhidas e O jardim selvagem, respectivamente, pela editora Martins.
A convite do cineasta Paulo César Sarraceni e em parceria com Paulo Emílio Salles Gomes, em 1967, faz a adaptação para o cinema do romance D. Casmurro, de Machado de Assis. Esse trabalho foi publicado, em 1993, pela editora Siciliano, de São Paulo, sob o título de Capitu.
Seu livro de contos Antes do baile, publicado pela Bloch, do Rio de Janeiro, em 1970, recebe o Grande Prêmio Internacional Feminino para Estrangeiros, na França.
O lançamento, em 1973, pela José Olympio, de seu terceiro romance, As meninas, é um sucesso. A escritora arrebata todos os prêmios literários de importância no país: o Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras, o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e o de "Ficção" da Associação Paulista de Críticos de Arte.
Seminário de ratos, contos, é publicado em 1977 pela José Olympio e recebe o prêmio da categoria Pen Club do Brasil. Nesse ano participa da coletânea Missa do Galo: variações sobre o mesmo tema, livro organizado por Osman Lins a partir do conto clássico de Machado de Assis. Integra o corpo de jurados do Concurso Unibanco de Literatura, ao lado dos escritores e críticos literários Otto Lara Resende, Ignácio de Loyola Brandão, João Antônio, Antônio Houaiss e Geraldo Galvão Ferraz.
Em setembro desse ano, falece Paulo Emílio Salles Gomes. A escritora assume, face ao ocorrido, a presidência da Cinemateca Brasileira, que Paulo Emílio ajudara a fundar.
Em 1978 a editora Cultura, de São Paulo, lança Filhos pródigos. Essa coletânea de contos seria republicada a partir de 1991 sob o título A estrutura da bolha de sabão. A TV Globo leva ao ar um Caso Especial baseado no conto "O jardim selvagem".
Sua editora no período de 1980 até 1997, a Nova Fronteira, do Rio de Janeiro publica A disciplina do amor. No ano seguinte lança Mistérios, uma coletânea de contos fantásticos. A TV Globo transmite a telenovela Ciranda de pedra, adaptada de seu romance.
Em 1982 é eleita para a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras e, em 1985, por 32 votos a 7, é eleita, em 24 de outubro, para ocupar a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, fundada por Gregório de Mattos, na vaga deixada por Pedro Calmon. Sua posse só ocorre em 12 de maio de 1987. Ainda em 1985 é agraciada com a medalha da Ordem do Rio Branco.
1989 é o ano de lançamento de seu romance As horas nuas. Recebe a Comenda Portuguesa Dom Infante Santo. Em 1990 seu filho, Goffredo Neto, realiza o documentário Narrarte, sobre a vida e a obra da mãe. Em 1991 aposenta-se como funcionária pública.
A Rede Globo de Televisão apresenta, em 1993, dentro da série Retratos de mulher, a adaptação da própria escritora do seu conto "O moço do saxofone", que faz parte do livro Antes do baile verde, num episódio denominado "Era uma vez Valdete".
Participa da Feira o Livro de Frankfurt, na Alemanha, em 1994, e lança, no ano seguinte, um novo livro de contos, A noite escura e mais eu, que ganhou os prêmios de Melhor livro de contos, concedido pela Biblioteca Nacional; Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Prêmio APLUB de Literatura.
Em 1996 estréia o filme As meninas, de Emiliano Ribeiro, baseado em romance homônimo de Lygia. Em 1997 participa da série O escritor por ele mesmo, do Instituto Moreira Salles. A editora Rocco adquire os direitos de publicação de toda a obra passada e futura da escritora.
Em 1998, a convite do governo francês, participa do Salão do Livro da França.
Seu livro Invenção e Memória foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria ficção, em 2001. Recebe, também, o "Golfinho de Ouro" e o Grande Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
Agraciada, em março de 2001, com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília (UnB).Em 2005, recebe o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa.
(Extraído de http://www.releituras.com.br. Acesso em: 16 mar. 2008.)

1 – Reescreva o parágrafo abaixo colocando a pontuação necessária:


Não não passei nada essa tapeçaria não agüenta a mais leve escova o senhor não vê Acho que é a poeira que está sustentando o tecido acrescentou tirando novamente o grampo da cabeça Rodou-o entre os dedos com ar pensativo Teve um muxoxo Foi um desconhecido que trouxe precisava muito de dinheiro Eu disse que o pano estava por demais estragado que era difícil encontrar comprador mas ele insistiu tanto Preguei aí na parede e aí ficou Mas já faz anos isso E o tal moço nunca mais me apareceu


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Objetivo:

Espera-se que o aluno utilize, em seu cotidiano, os elementos corretos da pontuação na estrutura da língua escrita.



Bibliografia

FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Leitura e redação. São Paulo: Ática, 1997.

MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Cultrix, 4ª ed., 1971.

PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS: LÍNGUA PORTUGUESA. Secretaria de Educação Fundamental. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000, vol. 2,144p.

SOARES, Angélica. Gêneros Literários. 6ª ed. São Paulo: Ática, 2006.

SORDI, Rose. Magistrando a língua portuguesa: literatura brasileira, redação, gramática, metodologia de ensino e literatura infantil. São Paulo: Moderna, v. 1,1991. 191p.

http://www.releituras.com.br. Acesso em: 16 mar. 2008.

WEB QUEST LEITURA

LEITURA

OBJETIVO:

1. Análise Textual
2. Leitura do livro " O PEQUENO PRÍNCIPE "
3. A Leitura do texto
- Proporcionar aos alunos diferentes tipos de leitura de livros e assim buscar e favorecer a capacidade de análise, interpretação, organização de textos e produção textual.

Conteúdos:
Leitura de livros
Leitura de poemas

TEMPO ESTIMADO
Duas aulas

MATERIAL DIDÁTICO
1. Xerox do livro o " Pequeno Principe"

CONCLUSÃO
Assim o educador de Língua Portuguesa ensina e orienta a reconhercer na leitura o prazer que é ato de ler e identificar as competências de uma análise significativa do texto em leitura.

www. sharedleitura.com.br

Cydy

A imigração e suas faces

“A Imigração sobre o Ponto de vista Brasileiro e o Americano”

A imigração no Brasil teve seu ápice em meados de 1870, e teve como mola propulsora o termino do tráfico internacional de escravos para o Brasil e a expansão da economia advindas das grandes plantações de café no estado de São Paulo.
Podemos considerar o início da imigração no Brasil a data de 1530, pois a partir deste momento os portugueses vieram para o nosso país para dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Porém, a imigração intensificou-se a partir de 1818, com a chegada dos primeiros imigrantes não-portugueses, que vieram para cá durante a regência de D. João VI. Devido ao enorme tamanho do território brasileiro e ao desenvolvimento das plantações de café, a imigração teve uma grande importância para o desenvolvimento do país, no século XIX.
Em busca de oportunidades na terra nova, para cá vieram os suíços, que chegaram em 1819 e se instalaram no Rio de Janeiro (Nova Friburgo), os alemães, que vieram logo depois, em 1824, e foram para o Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Catarina, Blumenau, Joinville e Brusque), os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitando o Paraná, os turcos e os árabes, que se concentraram na Amazônia, os italianos de Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia, que em sua maior parte vieram para São Paulo, os japoneses, entre outros. O maior número de imigrantes no Brasil são os portugueses, que vieram em grande quantidade desde o período da Independência do Brasil.
Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país. No ano de 1908, começou a imigração japonesa com a chegada ao Brasil do navio Kasato Maru, trazendo do Japão 165 famílias de imigrantes japoneses. Estes também buscavam os empregos nas fazendas de café do oeste paulista.
Todos estes povos vieram e se fixaram no território brasileiro com os mais variados ramos de negócio, como por exemplo, o ramo cafeeiro, as atividades artesanais, a policultura, a atividade madeireira, a produção de borracha, a vinicultura, etc.
Atualmente, observamos um novo grupo imigrando para o Brasil: os coreanos. Estes não são diferentes dos anteriores, pois da mesma forma, vieram acreditando que poderão encontrar oportunidades aqui que não encontram em seu país de origem. Eles se destacam no comércio vendendo produtos dos mais variados tipos que vai desde alimentos, calçados, vestuário (roupas e acessórios) até artigos eletrônicos.
Embora a imigração tenha seu lado positivo, muitos países, como por exemplo, os Estados Unidos, procuram dificultá-la e, sempre que possível, até mesmo impedi-la, para, desta forma, tentar evitar um crescimento exagerado e desordenado de sua população. Cada vez mais medidas são adotadas com este propósito e uma delas é a dificuldade para se obter um visto americano no passaporte.
Conclusão: O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.
É no século XIX que os Estados Unidos protagonizam um movimento migratório nunca antes visto na História da humanidade. A conquista de novos territórios e a marcha para o Oeste fermentam a entradas de muitos milhões de imigrantes. Em suma, a Europa vivia um momento conturbado, marcado por diversas guerras, conflitos e pobreza. Uma quantidade enorme de pessoas cruzaram o Oceano Atlântico para "fazer a América". Em meados do século XIX, os ingleses foram superados pelos imigrantes
irlandeses e alemães. Os irlandeses já imigravam para os Estados Unidos desde o século XVIII, em sua maior parte presbiterianos ou escoceses-irlandeses. A grande onda de fome que assolou a Irlanda na década de 1840 impulssionou um incrível contigente de imigrantes da Irlanda católica. Mais de um milhão de pessoas morreram de fome nesse período. Os alemães, que já haviam se estabelecido em regiões como a Pennsylvania, passaram a imigrar em grande número por fatores econômicos. Franceses do Canadá iriam completar os maiores contingentes de imigrantes na América do século XIX. Entre 1820 e 1930, entraram 5 milhões de alemães, 4,5 milhões de irlandeses, 3,5 milhões de ingleses e 900 mil franceses do Canadá nos Estados Unidos.
No final do século XIX, os imigrantes do norte e
centro da Europa foram superados pelos imigrantes do Sul da Europa, em sua maioria italianos. Entre 1870 e 1980 entraram 5,3 milhões de italianos nos Estados Unidos, a maior parte dos quais escolheu Nova Iorque como nova morada. No mesmo período chegaram 2 milhões de pessoas do Leste europeu, quase todos poloneses, que se concentraram na região de Chicago. Os judeus, quase todos europeus, somaram 2 milhões de imigrantes entre 1880 e 1924.
Italianos, irlandeses e poloneses sofreram grande preconceito por parte da população americana de origem anglo-saxã, principalmente por serem
católicos, em um país dominado por dogmas protestantes. Ademais, eram considerados "pouco brancos" para os padrões germânicos que pairavam na mentalidade racista de alguns. Para os judeus a convivência foi ainda mais árdua, pois eram considerados uma "raça inferior". A adaptação e integração dentro da cultura americana foi, em decorrência, difícil e sofrida.Imigrantes nórdicos chegaram em grande número. Aproximadamente 1,5 milhão de suecos e noruegueses chegaram entre o século XIX e XX, povoando diversas localidades do Centro-Oeste americano (Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minnesota, etc).
Outras imigrações menores chegaram de todos os cantos da Europa e da
Ásia, incluindo-se milhares de chineses, japoneses, filipinos e indianos.
Os Estados Unidos continuam a ser a terra de entrada de milhões de imigrantes. Na atualidade, quem domina essa imigração são os latino-americanos e, em especial, os mexicanos. Vivem hoje quase 30 milhões de pessoas de origem mexicana nos EUA. Estados próximos ao México, como Arizona, Texas, Novo México, Califórnia e Flórida são, a cada ano, "inundados" com a entrada de novos imigrantes. Porto Rico, Cuba e São Salvador também mandam milhares de imigrantes a cada ano. Os brasileiros já são quase um milhão em terras norte-americanas.
Cerca de 45 milhões de americanos são, hoje, de origem
latina. São mais numerosos que os negros e são o grupo étnico que mais cresce no País.

Plano de Aula: Língua Estrangeira
Por: Luara Oliveira, Maria José de Carvalho e Miriam Cunha

Titulo: A imigração e suas faces
Conteúdo: História da formação étnica e cultural brasileira em detrimento da formação étnica e cultural americana com ênfase nas características de sua política de relacionamento e acolhimento e sua pluralidade cultural.
Série: 1ª Série do Ensino Médio
Tempo Necessário: 4 Aulas

Introdução:
Um dos temas transversais presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais é a análise da pluralidade cultural. Na realidade brasileira e americana o reconhecimento dessa pluralidade só é possível se forem desenvolvidos estudos que demonstrem a relevância dos diversos sujeitos históricos presentes na formação do povo e da cultura do nosso país.
Assim, ressaltar a participação dos diferentes grupos sociais que chegam ao Brasil e aos Estados Unidos permite o reconhecimento das trocas culturais estabelecidas nessas regiões. Além disso, serão possíveis reflexões/debates sobre as dificuldades de adaptação desses imigrantes, os preconceitos que sofreram e também as razões que geram a emigração.
Objetivo:
1) Estabelecimento de relações entre o passado e o presente.
2) Análise do documentário "O mundo cabe numa cadeira de barbeiro", de José Roberto Torero.
3) Reconhecimento dos diferentes fluxos migratórios que chegam ao Brasil e aos Estados Unidos
4) Estabelecimento das diferenças de acolhimento americano e brasileiro e das dicotomias em suas imigrações e formação enquanto pátria.
Estratégia:
1) Antes de tratar sobre o início da imigração para os territórios brasileiro e americano apresentar aos alunos o documentário "O mundo cabe numa cadeira de barbeiro" (ele tem cerca de 55 minutos). Fazer uma introdução, esclarecendo que os relatos apresentados no filme são de imigrantes que vieram ao Brasil no século 20, principalmente depois do início da década de 1930, mas que a observação deles permite perceber as dificuldades no uso da língua portuguesa, as necessidades de adequação aos costumes brasileiros e todas as questões que envolvem uma mudança de vida tão radical.
Além disso, é fundamental que, depois dessa análise, haja uma reflexão sobre a construção do documentário, no qual os fios de cabelo são utilizados como estratégia para o desenvolvimento do roteiro, pois são eles que permitem aos seis imigrantes relatarem suas experiências ao deixar seus países, suas diferentes trajetórias e a chegada ao território brasileiro, mais especificamente à cidade de São Paulo.
2) Logo a seguir, é interessante que haja uma exposição - na qual os alunos participem - sobre as principais razões que trazem os imigrantes ao Brasil no início do século 20. Para que a exposição seja mais eficaz, induzi-los a refletir sobre os motivos que levam um brasileiro á sair de sua pátria e os motivos que levam um americano a agir de forma semelhante.
É fundamental que os alunos percebam o quanto os conhecimentos trazidos de diferentes realidades históricas são relevantes para o desenvolvimento do país, inclusive no que se refere à economia, como, por exemplo, a exportação do café, que foi fortemente favorecida com a linha ferroviária Santos-Jundiaí, construída devido à participação de ingleses.
3) Oriente os alunos para que façam a árvore genealógica de suas famílias. A partir dela, peça que observem se hábitos dos seus cotidianos (hábitos alimentares, gestos, comportamentos diversos etc.) guardam alguma relação com as raízes de seus antepassados. Dessa maneira, eles perceberão as influências das culturas que aqui chegaram.
4) Conduzir os alunos a descreverem e relatarem as principais dificuldades encontradas por pessoas que buscam migrar para os Estados Unidos atualmente.
Avaliação:
1) Dividir a sala em três grandes grupos e pedir que cada um deles escreva uma pequena peça sobre a imigração para o Brasil e para os Estados Unidos. Nela devem constar ao menos três aspectos desenvolvidos em sala de aula:
 Forma como a imigração ocorreu em cada um dos paises
 Forma como a mesma é vista e aceita por cada uma
 Influências culturais e dificuldades de adaptação.
2) Solicite que cada grupo escolha alguns de seus componentes para realizar a leitura dramática da peça produzida.
3) Ao final da apresentação de cada equipe, o restante da turma deve avaliar o que houve de mais interessante na apresentação e se os três aspectos exigidos foram abordados.
Sugestões
Uma visita ao Museu do Imigrante pode permitir aos alunos não só o aprofundamento desse tema, mas também reflexões sobre o cotidiano dos imigrantes que chegavam à cidade de São Paulo.

“Commonality in Diversity in the United States”

“A América é um lindo buquê de muitas culturas. Cada cultura cresce e floresce adicionando a sua beleza e fragrância contribuindo para o enriquecimento desta grande terra.”

Faculdade Anhanguera de Campinas – Unidade III
Letras – 6º Período de 2009
Literatura Norte-Americana & Práticas Pedagógicas
Profª. Teresa Buscato Martins
Alunas:

Luara Magda de Oliveira RA 0737918
Maria José de Carvalho RA 0702646
Miriam Cunha dos Santos RA 0750025

Procura-se

"Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações da infância. Preciso de um amigo para não enlouquecer, para contar o que vi de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças d´água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Preciso de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já tenho um amigo. Preciso de um amigo para parar de chorar. Para não viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.Que bata nos ombros sorrindo e chorando, mas que me chame de amigo, para que eu tenha a consciência de que ainda vivo"

Vinícius de Moraes
Abaixo está expresso um de meus maiores sentimentos, relatado pelo saudoso Fernando Pessoa.
Conformar-se é submeter-se e vencer é conformar-se, ser vencido. Por isso toda a vitória é uma grosseria. Os vencedores perdem sempre todas as qualidades de desalento com o presente que os levaram à luta que lhes deu a vitória. Ficam satisfeitos, e satisfeito só pode estar aquele que se conforma, que não tem a mentalidade do vencedor. Vence só quem nunca consegue.
Não deixemos a semente destes três anos se desfalecerem porque vencemos uma etapa, mas, as utilizemos para plantar as novas viagens do saber absoluto e incessante na transcrita trajetória de nossas vidass.
bjossssssss..
sentireii saudadesss...
Daiane Durães

Encantos e desencantos

O encanto se desfez.
A magia foi quebrada,
e ao contemplar o espelho estilhaçado no chão,
ela pode contemplar seu rosto multifacetado
nos cacos de vidro.
E agora, o que fazer?
Chorar? Não ... o corte não foi tão profundo ...
Gritar? Não há ninguém para ouvir ...
Sofrer? Seria em vão ... ninguém vai se importar ...
Viver? Sim! Viver é a resposta!
Apostar na vida, torcer por ela,
sempre e sempre!
Amores vem e vão,
pessoas, muitas passam por nossas vidas
mas, apenas algumas deixam realmente suas marcas.
Essas, são as únicas que valem a pena.
Agradecer a Deus sempre,
sorrir e aprender com erros e desencantos.
Logo outro espelho você terá
e novamente estará a se admirar
das imagens que ele vai lhe proporcionar.
Tenha alguns minutos de silêncio
em homenagem ao momento que passou.
Apenas alguns minutos ...
A vida é cheia de surpresas e
não convém ficar muito tempo triste,
pode-se perder o mais belo dos espetáculos
por conta de uma desilusão momentânea.
O que importa é que o momento foi vivido intensamente.
O resto ... deixe que o tempo vai cuidar.

por Maria Valéria

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Lembra daquele dia?
Eu ao menos imaginava...
E como podia imaginar?
Muitos, de quem desacredito dizem: Aconteceu!
Nesse caso foi bem isso, do nada, de repente você apareceu...
Eu relutei, até mesmo dizer não pensei...
Mas não pude evitar, o que era pra acontecer eu sentia...
Hoje só a ti quero...
Em meio a tantos, é a ti que espero...
E em meio a tudo e a todos... quero te fazer feliz...
Ser aquela a quem você muito quis!!!

Por Naiara...